domingo, 11 de setembro de 2011

GERMINAL [ÉMILE ZOLA]

    - O quê? De quem é tudo isso? Não se sabe. É de umas pessoas.
    E com a mão designou no escuro um ponto vago, um lugar ignorado e remoto, povoado por essas pessoas  para quem os Maheu cavavam no veio havia mais de um século.
    Sua voz elevava-se  com uma espécie de medo religioso, era como se estivesse falando a respeito de um tabernáculo inacessível onde se escondia o deus farto e acocorado, a quem todos eles davam a própria carne e que nunca tinha visto.
    - Se ao menos se comesse o pão necessário para viver! - repetiu pela terceira vez Etienne, sem transição aparente.
    - Pois é! Se a gente pudesse comer sempre o pão! Mas isso é impossível. 

Um comentário:

  1. Magistral obra do maior representante do movimento literário naturalista.. (há também uma belíssima adaptação cinematográfica da obra, da qual infelizmente não lembro mais o nome..rs).

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